19/04/2015

Hachikõ - A História do Cão mais Fiel do Mundo

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Oi oi Gentii! >w<

Hoje vim trazer uma história super triste e emocionante, como já devem ter ouvido falar à anos atrás, na cidade de Shibuya, existiu um cão chamado Hachikõ cujo coração não tinha tamanho. Esse cão é lembrado pela sua lealdade ao seu dono, que perdurou mesmo após a morte deste...
Hachikõ esperava que o seu dono regressa-se do trabalho, em frente à estação de comboios, esperava por ele sempre... e continuou a esperar por ele mesmo depois de ele morrer...

O Post é grande mas leiam, a história é realmente comovente.

A Verdadeira e Triste História

Foto Real do Hachikõ

Hachikō  nasceu em 10 de Novembro de 1923, em Odate, na província de Akita, no Japão. No ano seguinte, Hachikõ foi enviado para a casa de seu futuro proprietário, o Dr. Hidesaburo Ueno, um professor do Departamento de Agronomia da Universidade de Tóquio.

Conta a história que o professor à muito ansiava por um cão dessa raça, e ao recebe-lo foi “amor à primeira vista”, os dois tornaram-se inseparáveis. Ueno deu-lhe o nome de Hachi, ao que depois passou a chamá-lo carinhosamente pelo diminutivo, Hachikō.

O professor Ueno morava em Shibuya, subúrbio de Tóquio, perto da estação de comboio. Como fazia do comboio o seu meio de transporte diário até ao seu local de trabalho, já era parte da rotina de Hachikō acompanhar o seu dono à estação todas as manhãs. O cão que seguia o professor Ueno a todos os lugares, voltava no final do dia, sempre às 15 horas  para  reencontrar o professor, que chegava às 16 horas e assim regressavam juntos para casa.

Até que um dia, em 21 de Maio de 1925, o professor Ueno foi trabalhar e não regressou. Ele havia sofrido um AVC durante uma reunião do corpo docente na universidade. Hachikõ tinha 18 meses nessa época, e sem saber do ocorrido, continuou a esperar pelo seu dono na estação. Naquele dia a espera durou até de madrugada.


Contam que na noite do velório, Hachikõ, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da casa e correu para a sala onde o corpo do professor estava sendo velado e passou a noite deitado ao lado do seu dono. Outro relato diz que como é de costume no Japão, quando chegou a hora de colocar vários objectos particularmente amados pelo falecido no caixão com o corpo, Hachikõ pulou para dentro do mesmo e tentou resistir a todas as tentativas de removê-lo do local.

Depois da morte do professor, a Senhora Ueno deu o Hachikõ para alguns parentes que moravam em Asakusa, no leste de Tóquio. Mas ele fugiu várias vezes e voltou para a casa em Shibuya. Um ano se passou e ele ainda não se havia acostumado à nova casa, então foi dado ao ex-jardineiro da família que o conhecia desde que ele era um filhote. Mas Hachiko continuava a fugir, aparecendo frequentemente na sua antiga casa. Depois de um certo tempo, ele deu-se conta de que o professor Ueno não morava mais ali, então resolveu esperar no seu antigo ponto de encontro, em frente à estação de comboios de Shibuya.

Hachiko continuou a ir todos os dias até à estação de Shibuya para esperar o seu dono voltar do trabalho, da mesma forma como sempre fazia enquanto o professor era vivo. Ele voltava pontualmente no mesmo horário que parava o comboio, que antes trazia o seu dono. Sentava-se à frente da saída e esperava ele surgir entre as centenas de pessoas que saíam dos vagões. Os dias foram passando, viraram semanas, meses e anos. Alguns passageiros, que já o conheciam por tê-lo visto na companhia do professor Ueno, foram tocados pela devoção de Hachikõ e passaram a trazer comida para consolar a espera que não teria fim.

Em 1929, Hachikõ contraiu um grave caso de sarna, que quase o matou. Devido aos anos passados nas ruas, ele estava magro e com feridas das brigas com outros cães. Uma de suas orelhas já não se levantava mais, e ele já estava com uma aparência miserável, não parecendo mais com a criatura orgulhosa e forte que tinha sido uma vez.

Um dia, um dos fiéis alunos do professor que tinha visto o cão na estação, seguiu-o até a residência dos Kobayashi, onde aprendeu a história de vida de Hachiko. Por coincidência o aluno era um pesquisador da raça Akita, e logo após o seu encontro com Hachikõ, publicou um censo de Akitas no Japão. Na época haviam apenas 30 Akitas de puro-sangue restantes no país, incluindo o Hachikõ. O antigo aluno do Professor Ueno regressou frequentemente para visitar o cão, e durante muitos anos publicou diversos artigos sobre a marcante lealdade de Hachikõ.

A sua história foi enviada para o Asahi Shinbun, um dos principais jornais do país, onde foi publicada em Setembro de 1932. O escritor tinha interesse no Hachikō e, prontamente, enviou fotografias e detalhes sobre ele para uma revista especializada em cães japoneses. Uma foto de Hachikō tinha também aparecido em uma enciclopédia sobre cães, publicada no exterior. No entanto, quando um grande jornal nacional assumiu a história de Hachikō, todo o povo japonês soube sobre ele e ele tornou-se uma espécie de celebridade, uma sensação nacional. A sua devoção à memória de seu dono impressionou o povo japonês e tornou-se modelo de dedicação à memória da família. Pais e professores usavam Hachikō como exemplo para educar as crianças.

 Em 21 de Abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachikõ, esculpida pelo renomeado escultor Teru Ando, foi erguida em frente ao portão de bilheteria da estação de Shibuya, com um poema gravado em um cartaz intitulado “Linhas para um cão leal”. A cerimónia de inauguração foi uma grande ocasião, com a participação do neto do professor Ueno e uma multidão de pessoas.

Estátua do Hachikõ na estação de comboios em Shibuya

No entanto, toda a fama não fizera nenhuma diferença para o fiel Hachiko que continuava a sua espera na estação de comboio. Contam que ele ficava deitado bem na porta da estação, com as orelhas baixas e o olhar triste todos os dias e quando ouvia o barulho do comboio erguia-se esperançoso, olhando para todos que passavam, mas logo vinha a tristeza de novo e ele deitava-se, esperando o próximo comboio.

Por quase 10 anos, todas as tardes, ele voltou a estação, até que na madrugada de 08 de Março de 1934, Hachikõ que já estava com quase 12 anos, foi encontrado morto no mesmo local, onde passara tantas horas à espera de seu dono.

A morte de Hachiko estampou as primeiras páginas dos principais jornais japoneses, e muitas pessoas ficaram inconsoláveis com a notícia. Um dia de luto foi declarado no país.

Os seus ossos foram enterrados na sepultura do professor Ueno (no Cemitério Aoyama, Minami-Aoyama, Minato-ku, Tóquio), para que finalmente reencontrasse o seu dono. A sua pele foi preservada e uma figura empalhada do Hachikõ pode ser vista no Museu Nacional de Ciências em Ueno.

Sepultura de Hachikõ ao perto da do seu dono


Cerimónia Anual

No dia 8 de Março é realizada uma cerimónia na estação de comboio, em homenagem à história de Hachikõ, o cão leal.

A lealdade dos cães da raça Akita já era conhecida pelo povo japonês há muito tempo. Em uma certa região do Japão, incontáveis são as histórias de cães desta raça que perderam as suas vidas ao defenderem a vida de seus donos.

Onde quer que estejam e para aonde quer que vão, têm sempre "um dos olhos" voltados para aqueles que deles cuidam. Por causa desse zelo, o Akita se tornou Património Nacional do povo japonês, tendo sido proibida a sua exportação.

Se algum proprietário não tiver condições financeiras de manter o seu Akita, o governo japonês assume a sua guarda.

Devido a todas as suas qualidades, uma das províncias japonesas recebeu o seu nome, Akita-Ken.


Estátua do Reencontro

No dia 8 de Março de 2015 marca 80 anos desde que Hachikõ morreu, e para homenageá-lo, os alunos da Faculdade de Agronomia da Universidade de Tóquio, onde o professor Ueno trabalhava, fizeram uma estátua representando o reencontro de Hachikõ e o seu dono.

Os recursos para a produção da estátua foram obtidos por doações e a inauguração está marcada para o dia 8 de Março, no auditório Yayoi, da Universidade.

Estátua do Reencontro entre o Hachikõ e o seu dono


Adaptação em Filmes

A história de Hachikō se espalhou além das fronteiras nipónicas, e inspirou diversas versões ao redor do Mundo. Uma das produções que mais se destacou foi o filme com a interpretação de Richard Gere "Hachiko: A Dog's Story" (Sempre ao Seu Lado). O filme é um remake do original japonês, de 1987, “Hachiko Monogatari”.

Cena do Filme "Sempre ao Seu Lado"


E esta é a história do Cão mais Fiel do Mundo, muito triste e emocionante. Eu chorei enquanto fazia este post, sério :'(
Se ainda não conheciam o Hachikõ agora aposto que o amam, eu amo este cão e quero muito visitar o Japão e visitar as estátuas dele. Sério esta história é muito comovente! :c

Outra coisa, se ainda não viram o filme vejam, é muito lindo e vocês irão chorar de certeza :c

Queria também pedir desculpas pelo post gigante mas eu tinha que partilhar a história deste cão maravilhoso. Espero que tenham gostado! ^^

Kissus >3<



            



10 comentários:

  1. Olá u^u
    Essa história só comprova a teoria que cachorros são melhores que homens ç.ç
    Sempre ao seu lado é tão triste, meu irmão não aguentou e chorou taaaanto OvO
    Beijos ~

    s-evenlives.blogspot.com

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    1. Oioi! x3
      Pois é, os cães são mil vezes melhores que os Homens, a nossa espécie só faz crueldades :c
      Eu chorei litros quando vi o filme! T___T tão lindo~

      Kissus >3<

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  2. Olá. Já dessa história, na verdade só sabia um pouco e isso por que eu assisti o filme da última foto. É uma história muito triste mesmo.
    Chu ~ http://auwss.blogspot.com.br/

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    1. Oioi! ^3^
      Mesmo, é muito linda mesmo :')

      Kissus >3<

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  3. Olá >.< tudo bom?
    Ah ;-; essa história é muito triste. Que dó do Hachiko cara, sério! Ele parecia tão leal, tão bonzinho e realmente, pelo visto, gostava bastante do dono. E achei super merecido fazerem uma estátua em homenagem ao Hachiko. É nesse tipo de histórias ocorridas, que parece que cachorros também tem sentimentos né? Dizem que é o instinto deles, mas olha só a tamanha lealdade :c

    ''Contam que na noite do velório, Hachikõ, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da casa e correu para a sala onde o corpo do professor estava sendo velado e passou a noite deitado ao lado do seu dono. Outro relato diz que como é de costume no Japão, quando chegou a hora de colocar vários objectos particularmente amados pelo falecido no caixão com o corpo, Hachikõ pulou para dentro do mesmo e tentou resistir a todas as tentativas de removê-lo do local.'' AI MEU CORAÇÃO T-T isso deu. Tadinho do Hachiko!

    Nunca vi o filme Sempre ao seu lado, mas deve ser bem triste :/
    Bye bye e até a próxima!

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    1. Oiiiiii! >3<
      Pois é, muito triste mesmo. Este deve ser mesmo o cão mais leal do mundo, amava mesmo o seu dono :c
      Fizeram 2 muito bem merecidas mesmo, este cão está na história! :c
      Eu sempre soube que os cães tinham sentimentos mas tanto como o Hachikõ, meu deus, é tão bonito saber. :')

      Eu achei tão lindo essa parte da história, consigo imaginar e tudo o cão deitado ao pé do seu dono, dá vontade de chorar só de ler :'(

      Tens que ver, o filme é realmente lindo, e se ler já é triste ver uma encenação da história é de partir o coração mesmo :c

      Xoxo >3<

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  4. Olá, tudo bem? Adorei sua postagem!

    No ano passado assisti um filme sobre o Hachiko... muito lindo e emocionante! Chega até a ser maravilhoso o jeito em que os cachorros conseguem, na maioria das vezes, serem melhores que os humanos, não acha? Toda a fidelidade dele ao seu dono... um verdadeiro exemplo.

    http://gee-time.blogspot.com.br/

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    1. Oiiii, tudo ótimo e consigo? >w<

      É mesmo, eu choro sempre com estas histórias de animais :'c
      Nunca duvidei que os cães são melhores que os humanos mas é tão triste saber isso, nós humanos com tudo o que temos só tinhamos que ser melhores pessoas, mas não, só fazemos maldades... já os cães, a vida deles é simples mas eles amam a vida e os donos, tão lindo :c

      Xoxo >3<

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  5. Essas histórias :( OMG
    Tipo eu assisti o filme e cara, fiz um oceano no cão da sala :( Quando ele fica lá esperando o dono voltar dá vontade de pegar pra mim :(
    Beijos
    http://meninachilli.blogspot.com.br/

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    1. É como eu, eu chorei muito também :c
      Pois é, dá vontade de pegar e mimar tanto! >.<

      Kissus >3<

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