Universo: A vida de uma Estrela

Olá pessoas doces! ^^

Hoje trago-vos um pouco de "matéria chata" (eu bem me lembro como dormia de olhos abertos quando ouvia a professora a falar disto XD), mas que eu achei muito interessante e vou tentar explicar da maneira menos aborrecida que conseguir. :3 A vida das estrelas é uma matéria bem interessante e, se não fossem elas a sacrificar a sua vida, nós não existiríamos. u.u Por isso achei uma boa ideia dedicar um post às estrelas, passando por todas as etapas das suas vidas. ^-^

As estrelas sempre foram um mistério que os seres humanos adoravam e sobre o qual queriam sempre saber mais. Antigas civilizações baseavam-se nestes astros para fazerem os seus calendários e assim saberem quando semear as suas colheitas, mas estavam muito longe de perceber de que é que elas eram feitas e tampouco sabiam sobre a sua "vida". Isto era um enorme mistério até há pouco tempo quando a física e química começaram a ter avanços significativos, os telescópios começaram a ser mais modernos e juntando a isto tudo a teoria da gravidade de Newton. E assim actualmente conseguimos ter uma boa ideia de como é a vida de uma estrela.

Estas enormes bolinhas de plasma (para quem não se lembra, plasma também é meio que um estado - pastoso, nem líquido nem sólido), que funcionam como centrais nucleares que transformam átomos mais pequenos em maiores juntando-os uns com os outros e libertando assim uma quantidade astronómica de energia, têm vidas diferentes consoante o seu tamanho. Uma estrela pequena (até 8 vezes maior do que o Sol) desenvolve-se de uma maneira diferente de uma estrela gigante (mais do que 8 vezes o nosso Sol). Mas agora vamos começar pelo início das suas vidas.

Protoestrelas

Todas as estrelas nascem da mesma maneira: Uma grande nuvem de gás e poeira, mais conhecida por nebulosa planetária ou nebulosa molecular gigante começa a entrar em colapso. Começa a perder o seu equilíbrio e toda a matéria começa a ir em espiral para o centro da nebulosa cada vez mais e mais depressa, fazendo com que a matéria comece a ficar cada vez mais e mais quente. Quando toda a matéria chega ao centro, esta já está tão quente que fica no estado de plasma. Devido à enorme quantidade de energia e, consequentemente, de calor, a estrela tende a expandir, mas isso não acontece devido ao facto de a estrela ter uma grande massa e, consequentemente, uma grande atracção gravitacional. Este equilíbrio entre estas duas forças faz com que a estrela esteja estável.

Estrelas Pequenas

 Estas estrelas são desde estrelas mais pequenas que o nosso Sol ou até 8 vezes maiores do que ele e são as estrelas que têm uma vida mais longa. O nosso Sol, por exemplo, deve transformar hidrogénio em hélio durante mais ou menos 10 biliões de anos e quanto menor for uma estrela, menor é a sua temperatura e assim mais tempo demora a transformar hidrogénio em hélio.

Depois de ter transformado uma parte do seu hidrogénio em hélio, a estrela deixa de fazer isto, contrai, aquece e volta a expandir novamente, mas agora transformando o hélio em carbono, cálcio e outros elementos químicos.

Mas esta fase não dura "muito". Passados 2 ou 3 biliões de anos a nossa pequena estrela deixa de transformar o hélio e volta a contrair, aquecendo outra vez e fazendo uma espécie de explosão de luz em que as camadas superiores da estrela são "descoladas" dela e formam uma nebulosa planetária, enquanto que o que sobra da estrela é uma anã branca, uma estrela feita de carbono em alta pressão ( um diamante gigante que brilha à noite) e fica assim no céu brilhando até a sua luz se extinguir. Isto é o destino do nosso Sol.

Estrelas Gigantes

Estrelas que são mais do que 8 vezes maiores do que o Sol são Gigantes (jura? :o) e começam a sua vida já como gigantes vermelhas. Estas estrelas aquecem mais, expulsam mais material nas suas explosões e vivem muito menos que as estrelas pequenas. Em apenas algumas centenas de milhões de anos elas consomem todo o seu hidrogénio e entram em colapso. E como estas estrelas são muito maiores do que o Sol, o que acontece quando elas contraem é que as camadas fazem ricochete no núcleo e explodem em mais luz do que uma galáxia inteira! E assim tornam-se Supernovas.

Depois de explodir a estrela contrai, as camadas que se desprenderam da estrela formam uma nebulosa e depois o seu caminho é diferente consoante for a massa do que sobrou dela.
Se pesar como 1,4 sóis ou menos, torna-se numa anã branca, como o nosso sol.

Se tiver o peso de 1,4 a 3 sóis, então os electrões dos átomos da estrela são empurrados contra os seus protões e formado assim neutrões - aí a estrela chama-se estrela de neutrões ou pulsar. Esta estrela é tão compacta que o seu diâmetro são só por volta de 30 km, mas um balde cheio de estrela de neutrões pesa tanto como toda a água do nosso planeta.

Se for mais pesada do que três sóis então aí a coisa fica preta. A estrela ganha uma atracção gravitacional enorme e a estrela começa a "sugar-se" a si própria e tudo o que está à sua volta incluindo a luz, transformando-se assim num buraco negro.

Por fim...

A maioria das estrelas quando morrem deixam depois de si uma nebulosa planetária que se pode juntar com outras e formar outras estrelas e sistemas planetários como o nosso. Sabe-se lá se o carbono da vossa mão esquerda pertenceu alguma vez à mesma estrela que o carbono da vossa mão direita... Deixo-vos com esta questão e com um vídeo de uma estrela explodindo filmada pelo telescópio Hubble. Espero que tenham gostado! :D